Como começaram os casamentos de Stº. António?

Existem desde 1958 as "Noivas de Stº. António", mas foram interrompidos durante 30 anos. São um dos pontos altos das Festas de Lisboa e têm uma história incrível.

Segundo a Hemeroteca, a ideia para os casamentos nasceu de uma proposta apresentada pelo vereador Augusto Pinto, em reunião de câmara. O jornal “Diário Popular” decidiu imediatamente apadrinhar a iniciativa, e em 15 de Abril de 1958, já anunciava pela primeira vez o evento, prometendo ajudar a realizar “essa tão bela ideia de promover o casamento de jovens dos bairros populares na manhã de Santo António”, escrevia-se então. 
Conforme explica o arquivo da autarquia, tanto nesse ano de 1958 como nos seguintes, este jornal foi fundamental para viabilizar os casamentos, “mobilizando a sociedade civil, criando uma onda de simpatia, captando e noticiando apoios de particulares, estabelecimentos e marcas comerciais”.

Este acontecimento, de grande relevo para Lisboa, comemorou em 2008 o seu Cinquentenário. Foi em 1958 que, pela primeira vez, 26 casais ficaram unidos pelo matrimónio na Igreja de Santo António. O objectivo da iniciativa, então patrocinada pelo Diário Popular, era possibilitar o casamento a casais com maiores dificuldades financeiras.
Depois de dezasseis anos de concorridas edições, a tradição foi interrompida no conturbado ano de 1974. Trinta anos depois, a Câmara Municipal de Lisboa recuperou os Casamentos de Santo António com o mesmo propósito de proporcionar a união a dezasseis casais num dia memorável para as suas famílias e para todos os lisboetas.
Hoje, os Casamentos de Santo António constituem uma marca incontornável na tradição popular de Lisboa, contribuindo, em cada ano, para afirmar a identidade cultural da Cidade. 
Santo António nasceu em Lisboa, em 1195, numa casa que se pensa ter existido no local onde, mais tarde, foi construída a Igreja em sua honra.
Fez os primeiros estudos na Sé e no Mosteiro de São Vicente de Fora e os estudos superiores no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde passou grande parte da sua vida.
Ainda muito jovem, ingressou na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos. Leccionou Teologia em diversas universidades europeias e passou os seus últimos meses de vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer em 1231.
A Igreja Católica canonizou-o menos de um ano depois da sua morte e, em 1934, o Papa Pio XI proclamou-o segundo Padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição.
Santo António é, vulgarmente, considerado como um santo casamenteiro, pois, segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.
É particularmente venerado na Cidade de Lisboa, onde se comemora, no dia da sua morte, 13 de Junho, o Feriado Municipal. As festas em sua honra começam logo no dia 12 com a realização dos Casamentos de Santo António.


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