Os C.......s das Caldas
Este artesanato surgiu no final do século XIX.
Os primeiros modelos foram criados por Maria dos Cacos, (barrista e feirante), e posteriormente por Manuel Mafra. Só depois, o humor de Maria dos Cacos e o naturalismo de Manuel Mafra foram recriados por Rafael Bordalo Pinheiro.
O Rei D. Luís I de Portugal presenteava os seus amigos com as peças humorísticas das Caldas.
A criatividade de Rafael Bordado é seguida pelo seu filho Manuel Gustavo e pelo seu rival Costa Motta Sobrinho, nomes que ressaltam na cerâmica das Caldas das primeiras décadas do século XX.
Nos últimos anos os caralhos perderam popularidade e são muito poucos os ceramistas que os fabricam. Artesanato grosseiro ou arte provocatória, a verdade é que as “malandrices” são uma espécie de louça em vias de extinção.
Uma das razões para a extinção a falta de seguidores. Enquanto anos atrás havia muitas fábricas a trabalhar na louça erótica hoje praticamente não há ninguém.
Francisco e Casilda Figueiredo, ainda se dedicam a execução dos originais "c......s das Caldas", mas a arte corre o risco de vir a desaparecer devido à idades deste casal sexagenário e, à falta de seguidores desta tradição.
Relativamente à expressão “ às cinco não faço nem mais um...”
desconhece-se a sua origem.
Pensa-se que esta frase terá sido criada a nível nacional para satirizar os serviços públicos.
Desde então é utilizada também para “gozar” com os trabalhadores das Caldas da Rainha, sobretudo aqueles que se dedicam ao fabrico do artesanato erótico.
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