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Alguns rituais da passagem de ano

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Acredite-se ou não na superstição, no ano novo quase todos recorrem a uma ou outra tradição milenar.  Ninguém sabe muito bem quando começaram estas tradições ou até o que simbolizam. “Não é possível descobrir o ano exacto em que começaram. O interessante é perceber que o significado genérico destes costumes mantém-se." Porquê 12 passas e não cinco pinhões? Há pessoas que não suportam a textura das passas ou o seu sabor, mas no dia 31 de Dezembro lá ficam com a mão cheia de uvas secas e desejos por pedir.  Para esta superstição há muitas explicações. Que cada passa simboliza um dos meses do ano é a mais óbvia, mas o antropólogo Francisco Vaz Silva aponta outra. “O nosso calendário é o solar, mas o lunar também é usado. Como tem menos 12 dias, no último mês acertavam-se as diferenças. As passas simbolizavam esses dias.”  Há ainda outro simbolismo. “Os dias acrescentavam-se a partir de 26. Logo, a noite de ano novo ficava no meio desses dias. Nas aldeias até se co

Dizem que é a árvore da morte, a mais perigosa do planeta

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Hippomane Mancinella é o seu nome científico, porém é melhor conhecido como “A Árvore da Morte” ou “A Camomila da Morte” , esta árvore goza do privilégio de estar nos registos do Guinness Records. Esta árvore cresce nas regiões costeiras, sobre solos arenosos de alta concentração de sal. Se estende da Flórida para a Colombia e abunda em várias ilhas do Mar do Caribe, incluindo a ilha de Margarita na Venezuela. A camomila da morte é uma árvore que pode atingir 20 metros de altura se seu tronco crescer em linha reta, mas, devido à sua distribuição costeira, não é incomum colapsar durante o seu crescimento, adotando uma forma quase rasteira e extremamente tortuosa. O tronco e os numerosos ramos são cobertos com uma crosta grossa e quebrada, de cor cinza. De acordo com especialistas, seu nome é derivado da seguinte forma: Hippomane provém das palavras gregas hippo, que significa cavalo. Nomeada assim pelo filosófico Theophrastus (371a.C.-287a.C.) depois de ver que os cavalos fic

Sabiam que houve um rei de Portugal que era sobredotado?

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Antes de completar 2 anos já falava alemão e o francês. Aos 12 falava latim e grego e escrevia artigos em jornais. Foi o rei sobredotado D. Pedro V. D. Pedro V, filho primogénito de D. Maria II e de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, nasceu em Lisboa em 16 de Setembro de 1837 e aí também morreu em 11 de Novembro de 1861, contando pouco mais de vinte e quatro anos.  Trigésimo primeiro rei de Portugal, ficou conhecido pelo cognome de “o Esperançoso”. Mas apesar de ter sido Rei de Portugal durante muito pouco tempo por ter falecido muito jovem, D. Pedro V ficou para sempre na memória do povo que assistiu aos seus nobres actos de bondade. Era um Rei amado e acarinho e, sobretudo, muito inteligente. Tão inteligente que ganhou fama de sobredotado. Sucede ao trono de Portugal, pelo falecimento de sua mãe, que morre com apenas 34 anos de idade, em 15 de Novembro de 1853. D. Fernando II governa o reino na qualidade de regente durante a menoridade de D. Pedro V.  D. Pedro aprove

Já ouviram falar da tradição do bananeiro em Braga?

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UMA BANANA E UM COPO DE MOSCATEL, POR FAVOR Está a chegar mais um Natal e com ele o tão esperado encontro de amigos e familiares na famosa rua do Souto, mais precisamente na loja “Bananeiro”. A ida ao “Bananeiro”, horas antes da consoada, é uma das tradições mais seguidas pelos Bracarenses. Tudo começou há mais de três décadas na loja Casa das Bananas. Nessa época o estabelecimento pertencente a Manuel Rio, era apenas um armazém de bananas, que para atrair mais clientes, montou um pequeno balcão onde se bebia o vinho moscatel ; e quando o cliente pedia algo para confortar o estômago, o proprietário apresentava-lhe uma banana da casa. Mas esta combinação invulgar ganhou mais força com a pequena tradição que os antigos colegas de liceu do filho do proprietário, Jorge Rio, conhecido na cidade como o “bananeiro”, criaram ao se juntarem pela altura do Natal, na Casa das Bananas, para brindarem com um cálice de moscatel acompanhado de uma banana. Sem se aperceberem, de r

A invenção" da Árvore de Natal

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Foi na "Era Vitoriana" que se criou o Natal como o conhecemos hoje. Em 1848, um volume da "Illustrated London News" apresentou uma gravura da comemoração do Natal no castelo de Windsor, que causou verdadeira sensação em Inglaterra: Mais do que apenas a família real reunida, enaltecendo o modelo da família burguesa, a gravura mostrava uma novidade bem recente no pa ís: as árvores de Natal.  O icónico "Pinheiro de Natal" que está presente em boa parte dos lares, é uma tradição de origem germânica, que o Príncipe Albert levou para Inglaterra em 1841. A novidade pegou. As mulheres e crianças eram responsáveis por produzir os enfeites das árvores mesmo nas casas mais abastadas, pois era esse o espírito do Natal. Bem antes de Dezembro, nozes começavam a ser banhadas em tinta prateada ou dourada, bolinhas começavam a ser pintadas, cortavam-se enfeites de papel, cartão e construíam-se correntes de papel colorido.  Frutas coloridas e pacote

Solstícios

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Solstício de inverno é um fenómeno astronómico que marca o início do inverno. Ocorre normalmente por volta do dia 21 de Junho no hemisfério sul e 21/22 de Dezembro no hemisfério norte. O solstício de inverno, o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais  longa. O  calendário ainda não contava  os anos a partir do nascimento de Cristo quando Roma destruiu Cartago, dando fim à Terceira Guerra Púnica. Era o século II a.C., e, enquanto o Budismo era introduzido no Sri Lanka, o dia 25 de Dezembro era festejado pelos povos romanos. Mas se Jesus ainda não tinha nascido,  qual era o motivo de tanta comemoração ? Se pensarmos “rá" (Deus do Sol),  só podia ser o solstício”. Muito antes de a Astronomia existir para poder estudar o fenómeno, ou de religiões cristianas serem impostas, o movimento da Terra e sua relação com o Sol já eram percebidos pelos seres humanos. E é nessa atmosfera de  celebrações pagãs, mistérios medievais e descobertas cien

Em Portugal as ceias de Natal variam conforme a região e o que se come noutros Países?

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Roménia Neste País o jantar de Natal é bastante complexo composto maioritariamente por pratos de carne. Um dos mais típicos é o "sarmale" - rolos de repolho -recheados com carne e arroz cozido. México  Um dos doces típicos do País são os "buñuelos" um bolinho de massa lêveda frito com sabor a anis, polvilhado com açúcar e canela. Polónia Aqui a ceia é composta por doze pratos simbolizando os apóstolos de Cristo. Incluí "borsche ou barszcz" como se diz em polaco, que é uma sopa de beterraba servida com "uszka", uns bolinhos recheados normalmente com carne. Cabo Verde Nos Países Africanos de língua portuguesa as tradições gastronómicas do Natal assemelham-se um pouco às portuguesas. No entanto, em Cabo Verde, o habitual é servir no jantar do dia 24 cabrito ou peru assado. À sobremesa come-se doce de coco e pastéis de milho. Alemanha O lebkuchen ou pão de gengibre é um dos doces mais típicos do Natal na Alemanha. Além de

Muito para lá do bacalhau: O que se come no Natal em Portugal?

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O bacalhau parece ser o rei do Natal em Portugal mas, mesmo assim, há zonas do país em que essa não é a primeira opção.  AÇORES Ceia : Nas nove ilhas açorianas encontramos uma grande diversidade de pratos tipicamente natalícios. Na ceia, ou se come bacalhau com todos, ou canja de galinha (feita com arroz), ou consomé de galinha (um caldo de frango com legumes). Há ainda quem coma torresmos com inhames e Morcela com batata doce – estes dois últimos pratos são tradicionais na ilha de São Jorge. Almoço:  No dia seguinte, os pratos vão desde peru e frango assados no forno com recheio de pão e miúdos (Terceira, Flores e São Miguel), ao frango com debulho e borrego assado (São Jorge), passando por cozido (Graciosa), polvo assado ou guisado (Terceira, Graciosa e Santa Maria), molha de carne com inhames e sopas de pão de trigo (Pico), lulas à moda das Ribeiras e ainda há espaço para a roupa velha (feita com os restos do bacalhau com todos do dia anterior). Sobremesas:  Come-se