Algumas curiosidades sobre a história da literatura

Sócrates não era fã de livros

Mestre da retórica, o filósofo ateniense de quem Platão foi o mais notável discípulo, estava habituado a memorizar os seus discursos e a expressar oralmente as suas ideias de maneira persuasiva e eficaz. Na sua opinião um leitor devia ser singularmente pobre de espírito para acreditar que as palavras escritas podem fazer mais do que recordar-nos aquilo que já sabemos.


Aristóteles foi um dos primeiros livrólicos de que se tem conhecimento

Aristóteles foi dos primeiros leitores a reunir uma importante coleção de manuscritos para seu uso pessoal.


Ler em silêncio era considerado uma heresia

A leitura começou por ser uma atividade oral e coletiva. Até a leitura em silêncio se tornar norma no mundo cristão, alguns dogmáticos suspeitavam desta tendência, considerando que um livro lido em privado "não era suscetível de clarificação imediata ou de leitura guiada, condenação ou censura por um ouvinte.


A leitura era um privilégio dos homens

Na iconografia cristã o livro ou o rolo de pergaminho pertenciam por tradição à divindade masculina. Tal como aconteceu com a maior parte dos leitores marginalizados, a partir do momento que tiveram autorização para aprender a ler, as mulheres começaram a criar deliberadamente o seu material de leitura.


A utilização de estantes de livros (mesmo que falsas) como símbolo de estatuto já é uma tradição antiga

Na Rússia do séc XVIII, durante o reinado de Catarina, a Grande, um tal Sr. Klosterman fez fortuna com venda de  encadernações recheadas de papel velho, que permitiam aos cortesãos criar a ilusão de uma biblioteca e assim cair nas boas graças da sua imperatriz bibliófila. 





SS





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