O Carnaval pelo mundo

A origem do Carnaval

O Carnaval é uma festa de origem pagã, que foi aceite pela Igreja por volta do ano de 590 a.C. Mas houve a imposição de uma exigência para esse reconhecimento: que o dia seguinte, a quarta-feira de Cinzas, fosse dedicada ao arrependimento dos pecados.

Engana-se quem acha que o Brasil é o “País do Carnaval”! A famosa expressão é muito usada por estrangeiros para caracterizar a cultura brasileira enfatizando a alegria e festividade do povo, mas a principal festa popular está longe de ser uma criação brasileira. A celebração tem origem na antiguidade clássica, mas chegou até ao Brasil no período colonial, por influência portuguesa. 

CARNAVAL DE VENEZA:

Carnaval de Veneza é um dos mais famosos e teve seu início no século XVI, quando os nobres usavam mascaras para saírem às ruas como desconhecidos. A festa que acontece até hoje tem duração de 10 dias e conta com elegantes bailes de máscara à noite e desfiles pela cidade durante o dia. As fantasias dos famosos personagens da Commedia dell’Arte Arlequim, Pierrot e Colombina, usadas no carnaval, vieram da festa veneziana!

O Carnaval de Nice existe desde o século VIII e foi inspirado no Carnaval de Veneza. Enquanto os bailes de máscaras se destacavam na Itália, em França o carnaval era das flores. Isso porque toneladas de pétalas eram distribuídas para os foliões e decoravam os cenários e carros alegóricos. O Rei Momo é uma figura recorrente no carnaval de Nice, assim como bonecos gigantes que lembram muito os tradicionais de Olinda.

O termo Mardi Gras, que dá nome ao carnaval de Nova Orleans, nos EUA, tem origem francesa. Ele significa “terça-feira gorda”, ou seja, o último dia de fartura antes da quarta-feira de cinzas e da quaresma. Por aproximadamente 2 semanas antes da terça-feira de Carnaval, os foliões divertem-se pelas ruas com os desfiles levando participantes fantasiados, que jogam colares e contas coloridas para as multidões.

Carnaval de Portugal possui uma longa tradição carnavalesca e raízes milenares, sendo ainda hoje um dos mais importantes "ciclos" festivos do país.

Comemorado em Portugal desde o século XV, o entrudo foi exportado pelos portugueses para a então colónia do Brasil, de onde regressaram no Século XX os elementos modernos do samba, que atualmente influenciam o Carnaval de algumas localidades portuguesas. Segundo alguns autores e historiadores, o Carnaval da Madeira, em Portugal, que remonta ao período áureo da produção de açúcar, no século XVI, e a sua ligação aos escravos enquanto porto de passagem de bens e pessoas, teria acompanhado a expansão do comércio internacional açucareiro no Atlântico a partir daquela ilha, influenciando as tradições carnavalescas do Brasil com as tradições e expressões lúdicas madeirenses.

Ainda que seja uma festa com maior destaque nos meios urbanos (onde é mais frequente a influência do Carnaval do Brasil), possui ainda características e tradições próprias, mais evidentes no Carnaval das zonas rurais do interior do país.

Com características próprias em cada localidade, os carnavais portugueses mais notóriossãoode Ovar, Estarreja, Madeira, Loures, Nazaré, Podence, Loulé, Sesimbra, Sines, Elvas, Torres Vedras e Canas de Senhorim.


Torres Vedras


O Carnaval de Torres é uma das festividades de carnaval que se mantêm fiéis às tradições da comemoração do entrudo em Portugal. Este carnaval distingue-se pela participação espontânea e massiva dos seus cidadãos, que o apelidam de "mais português de Portugal".

Atualmente, o Carnaval de Torres é organizado pela Câmara Municipal, pela Real Confraria do Carnaval de Torres e pela empresa municipal de organização de eventos Promotorres.

Nos corsos participam os carros alegóricos, os grupos de desfile, as matrafonas (homens mascarados de mulher) e os cabeçudos, acompanhados pelos Zés-Pereiras. Os populares associam-se também à folia, maioritariamente mascarados, e desfilam nos espaços livres entre os carros alegóricos e os grupos de desfile. O Rei e a Rainha do Carnaval são sempre dois homens, um deles vestido de mulher.

A interação entre o público e os mascarados é em grande parte feita através do arremesso dos cocotes (uma pequena bola de papel de seda, atada com uma fita e contendo no seu interior graínhas de uva seca, atualmente produzida com restos de serradura e raspas de borracha). Na sexta-feira sai o corso das escolas: desfilam pelas ruas as crianças das escolas primárias e secundárias, com mascaras elaboradas nas escolas. Sábado à noite é dada ainda a oportunidade a todos os grupos que se mascarem e participem na festa do desfile de grupos de mascarados. A música é também toda ela local, tentando manter as raízes portuguesas. O toca à andar é um veiculo fabricado pela câmara, para fazer de palco móvel à banda torrenense Improviso Jazz que anima o Carnaval com música brasileira e portuguesa.[76]


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