Como nasceu a Bolacha Maria?
A bolacha Maria foi criada em 1874 por um padeiro inglês para comemorar o casamento da grã-duquesa Maria Alexandrovna da Rússia com o Duque de Edinburgo.
Foi muito popular na Guerra Civil Espanhola, durante a qual foi considerada símbolo da prosperidade da economia ao ser produzida com os excedentes de trigo.
Nessa época Peek Freans, com o grande prestígio de que já gozavam, como
fabricantes de “cookies”, entenderam homenagear a duquesa com um novo biscoito,
redondo, com um friso decorativo, e, no centro, gravaram o nome da homenageada:
“Maria”.
Como sucede ainda hoje com os casamentos reais britânicos, o casamento dos príncipes foi seguido com grande interesse em toda a Europa, toda a gente quis provar as bolachas com o nome da noiva.
Um pouco por toda a parte, industriais locais começaram a imitar o produto. Portugal e a Espanha foram dos primeiros, mas até no Japão se produzem hoje bolachas iguais, com o nome “Maria” gravado no centro, e o imprescindível “Made in Japan”.
Mas o país onde as “bolachas Maria” entraram francamente na cultura nacional foi a Espanha do século XX. Durante o período de fome que se seguiu à guerra civil espanhola, a falta de pão era tanta que o governo empreendeu uma campanha para a produção de trigo. O resultado foi uma fartura tal do cereal que, para lhe dar vazão, os padeiros começaram a fabricar grandes quantidades de bolacha. Tornou-se habitual nos cafés colocar em cima do balcão pratos com bolachas “Maria” (com o nome estampado), para os clientes se servirem, acompanhando o café. Era também um símbolo da recuperação da economia espanhola. E tornou-se um biscoito favorito.
Dizem as estatísticas que, 40% dos cartões com biscoitos que se vendem em Espanha são “galletas Maria”.
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