Sabem qual foi a estátua que mais passeou por Lisboa?

A fonte do Neptuno do Largo de D. Estefânia apresenta como motivo principal uma escultura do séc. XVIII (1771) em mármore de Carrara, da autoria grande Mestre Machado de Castro e representa o Deus dos mares segurando o tridente, de pé sobre uma concha assente em 2 golfinhos. 
A estátua, que ornamentou, em tempos,o chafariz do Loreto ao Chiado, após a sua demolição, esteve colocada na Mãe de Água, no Museu do Carmo e no Depósito de Águas dos Barbadinhos, tendo sido transferida para a sua actual localização, no Largo de D. Estefânia, em 1951. 
No sentido de criar um enquadramento para a escultura do Deus Neptuno, esta foi colocada no centro de uma fonte de recorte circular, sobre a sua taça superior, que surge sobreposta a um espelho de água do seu tanque inferior,de onde emerge uma composição circular de repuxos parabólicos, iluminados por projectores submersos, os quais irradiam para a base da estátua, extravazando a água da taça para o tanque inferior. Neste último,pontuais jogos-de-água pulverizada completam a composição.
Assim, a estátua desta divindade romana andou a passear-se em Lisboa até à actual localização:
1771 – Chafariz do Loreto
1853 – O Chafariz do Loreto é desmantelado e a estátua é levada para a Mãe d’Água da Amoreiras
1866 – Do anterior local é transferida para o Museu Arqueológico do Carmo
1881 – Jardim da Estação Elevatória das Águas dos Barbadinhos onde ficará até 1940
1940 – É instalada na Praça do Chile onde hoje em dia está a estátua de Fernão de Magalhães
1950 – É desinstalada da Praça do Chile para dar lugar à actual estátua. 
1951 – É colocada na sua morada actual que é o Largo D Estefânia. 


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