Na História de Portugal também há casos insólitos para a época


Todos os países possuem episódios caricatos na sua história que não são ensinados na escola. Portugal não é excepção. Ao longo de séculos, vários Reis e Rainhas protagonizaram momentos que foram escândalos na época mas que hoje, aos nossos olhos, nos fazem sorrir. 
Descubra 3 exemplos que provam que a vida dos nossos Reis e Rainhas nem sempre era um mar de rosas. Foram paixões exacerbadas, traições conjugais que ficaram na história e até alguns episódios caricatos, pelo menos aos olhos da nossa sociedade actual, mas que na época foram autênticos escândalos.
D. Sebastião terá contraído gonorreia aos 10 ou 11 anos, numa altura em que a corte estava em Almeirim e que a doença lhe provocou uma “disfuncionalidade”, conforme palavras da época, que muitos diziam ser impotência sexual. Dizia-se também que seria por isso que o Rei evitava sempre o casamento ou o sexo feminino.
No entanto, há quem atribua a falta de descendência do rei não ao facto de poder ter ficado impotente devido à gonorreia mas por ser homossexual. Há até uma referência a ter sido encontrado um dia agarrado a um escravo negro. Quem conta a história refere que ele terá dito que julgava ser um javali porque já estava escuro. Como ele era caçador e sabia distinguir um javali de uma pessoa, se disse isso foi no sentido de dizer que um escravo não era bem uma pessoa.
O mesmo D. Pedro, que morria de amores pela sua Inês de Castro, afinal morreria também de amores pelo seu escudeiro: Afonso Madeira. A história acabaria por não correr muito bem para o escudeiro.
Afonso Madeira ter-se-à envolvido com uma mulher casada. D. Pedro I, que ficou conhecido pelo cognome de “o cruel” terá mandado castrá-lo como castigo. Dizem as crónicas que a castração seria castigo, mas dizem os boatos da época que, na realidade, terá sido um ataque de ciúmes porque o seu amante e fiel escudeiro se envolveu com uma mulher.
D. Afonso VI tinha fama de ser um desordeiro. Apesar da paralisia parcial do lado direito do corpo, do excesso de peso e da bulimia, gostava de sair à noite com um grupo de amigos de reputação duvidosa. Muitas vezes acabavam na esquadra, mas nunca sofriam represálias.
Um dos seus companheiros era o comerciante genovês de cintos, meias e adornos femininos, António Conti, que rapidamente passou a frequentar o Paço, com acesso directo ao quarto real. Levava prostitutas e rapazes e embebedava-se, mas conseguiu uma comenda, um título de fidalguia e o hábito da Ordem de Cristo.
Farta do comportamento inadequado do filho e do amigo, D. Luísa de Gusmão mandou deportar Conti para o Brasil. O rei passou a levar um estilo de vida mais discreto, mas nunca deixou de receber rapazes.
D. João V teve os cognomes de “O Magnânimo” e “O Rei-Sol Português”, e alguns historiadores recordam-no também como O Freirático.
Tudo se passaria no Convento de São Dinis em Odivelas. No tempo de el-Rei D. João V, este convento criou muito má fama, por causa dos escândalos das freiras com os fidalgos seus amantes e com o próprio rei, a quem chamavam de freirático (“Aliás dizia-se de D. João V que era tão religioso que todas as suas amantes eram freiras.”).
Era assíduo frequentador do convento, entretendo amores com algumas freiras, de quem teve filhos, com especialidade da célebre Madre Paula, de quem também houve um filho, D. José, um dos “meninos de Palhavã” (Para quem o rei mandou construir o palacete de Lisboa onde hoje está instalada a Embaixada de Espanha).


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