Sabiam que nem todos consideram o Prémio Nobel como uma honra?
Em 1958 Boris Pastermak foi forçado pelas autoridades soviéticas a recusar o Prémio Nobel da literatura.
Opuseram-se de novo quando foi oferecido a Alexandr Soljenitsine em 1970. Ele aceitou - quatro anos depois foi exilado da União Soviética.
Boris Pasternak foi um dos maiores poetas e tradutores da Rússia. Tornou-se reconhecido em todo o mundo pelo romance ‘Doutor Jivago’, sobre as dificuldades e as tragédias da Guerra Civil Russa que dividiam e destruíam famílias.
Pasternak foi nomeado para o Prémio Nobel de Literatura 9 vezes – incluindo 3 indicações apenas em 1958, quando foi concedido “por suas conquistas importantes tanto na poesia lírica contemporânea quanto no campo da grande tradição épica russa”. A vitória se deveu sobretudo a ‘Doutor Jivago’, que havia sido publicado pela primeira vez em italiano no início daquele ano, com a ajuda da CIA.
Antes de Pasternak, apenas um escritor russo havia recebido Nobel de Literatura: o emigrante russo Ivan Búnin, que, por já viver fora do país, não teve problemas para receber seu prémio.
A recepção da obra de Pasternak entre as esferas literárias e públicas soviéticas foi, em grande parte, negativa devido ao tom anti soviético do romance, e alguns até pediram para destituir o escritor de sua cidadania. Como resultado de uma campanha difamatória, Pasternak foi obrigado a recusar o prémio.
Alexandr Soljenitsine, escritor russo recebeu Prémio Nobel da literatura em 1970.
Alexandre Soljenitsin revelou ao mundo a terrível realidade dos campos de concentração soviéticos em obras como "Arquipélago Gulag" e "Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch", que o escritor viveu na pele.
Foi privado da sua cidadania soviética em 1974 e expulso da ex.URSS.
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