SIGNIFICADO DOS PROVÉRBIOS/ EXPRESSÕES POPULARES

SIGNIFICADO DOS PROVÉRBIOS/

EXPRESSÕES POPULARES





(Constituem uma parte importante de cada cultura…Historiadores já tentaram descobrir a origem dos ditados….)


Pôr os pontos nos is
Esclarecer uma situação detalhadamente, revelar todos os factos

Que maçada
Que chatice, contratempo, aborrecimento

Origem:Nos tempos áureos das conquistas imperiais romanas, as tropas de Roma tinham uma zona para conquistar, perto do Mar Morto, chamada Maçada. Os Zelotos, povo aí residente, trancaram-se num templo, com a esperança de que os Romanos não os descobrissem. No entanto, o exército começou imediatamente a destruir o templo. Enquanto o povo Zeloto desesperava por alguma solução. Para evitarem a humilhação da rendição, os Zelotos decidiram-se por um suicidio colectivo. Esta expressão tornou-se sinónimo de enorme “contratempo” por que este povo teve que passar.


À grande e à francesa
Viver com luxo e ostentação. 

Origem: Relativa aos modos luxuosos do general Jean Andoche Junot, auxiliar de Napoleão que chegou a Portugal na primeira invasão francesa, e dos seus acompanhantes, que se passeavam vestidos de gala pela capital. 

Tirar o cavalinho da chuva
Os visitantes das fazendas, mesmo quando estava chovendo, atrelavam seus cavalos à cerca. O fazendeiro, se quisesse que o visitante demorasse, dava ordem para que ele “tirasse o cavalo da chuva”. Era um convite para ficar.


A casa da mãe Joana
Este dito popular tem origem na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”.
O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente


Não perceber patavina
Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo. 
Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

A queimar as pestanas
Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura
Um de seus primeiros registos literários foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e "Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

Jurar a pés juntos
A expressão surgiu das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para confessar seus crimes.

Andar à toa
Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama. Hoje, o ditado significa andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.


Ficar a ver navios
D.Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo Português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Sta Catarina, em Lisboa, para esperar pelo seu rei. Como ele não voltava, o povo ficava a ver navios.


Há mais marés que marinheiros
Outra ocasião virá. Dito popular que pretende transmitir que o facto de uma coisa correr mal de momento, pode ser compensada por outro momento de mais sorte, por oportunidades destas não faltarem na vida de uma pessoa.

Ok
A expressão Inglesa OK que é mundialmente conhecida por significar que está tudo bem, teve a sua origem na Guerra da Sucessão, nos EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Daí surgiu o termo “OK”

Salvos pelo gongo
O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.Só que, às vezes, ao abrir os caixões,os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).
Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo. Atualmente, a expressão significa escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.

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