Sabem o significado da cruz que o Papa Francisco traz ao peito?

Apesar das inúmeras dificuldades em focar nas fotografias, a imagem da cruz peitoral do Papa, uma coisa era certa: nela não se vê um Cristo crucificado. 

Quando o Papa se encontrou pela primeira vez com a Presidente da Argentina o fotógrafo presidencial conseguiu focar a cruz e qual não foi a surpresa: confirmou-se a invulgaridade daquele símbolo: 

um Cristo com os seus braços em cruz e uma pomba, reflexo do Espírito Santo, na parte superior. Porém ainda faltava perceber mais alguns detalhes que ela continha. E eis que aumentando o zoom, reparando no eixo horizontal da cruz… 




Nele temos a imagem dum rebanho, simbolizando o rebanho de Cristo. O redentor carrega uma das ovelhas aos ombros e com os braços cruzados agarra-a. Nesta ovelha funde-se o resto do rebanho em forma triangular ou de montanha em direcção à pomba do Espírito Santo com irradiações célicas entre o rebanho e a pomba. 

No centro da cruz está a cabeça de Cristo que simboliza a mente de Deus. As suas mãos cruzadas junto do seu Coração, o Coração de Deus, a agarrar a ovelha, recorda Cristo a agarrar toda a humanidade, o rebanho do Pastor, os filhos dos homens que são os filhos de Deus. Ao contrário de um Cristo crucificado, onde as mãos paralisadas e pregadas à cruz remontam a um momento de grande dor e tortura, esta cruz faz-nos lembrar um Cristo vivo e ressuscitado, vencedor da morte, que continua a sustentar, a servir, a amar e a redimir a humanidade dos males que hoje em dia padece. 

A pomba parece, a nosso ver, ter a forma de um cálice com as penas do rabo a fazer de copa. O facto de estar de cabeça para baixo e as asas apontadas para cima, recorda-nos também a imagem de uma meia-Lua, símbolo da morte e ressurreição (Tal como a lua, nas suas diferentes fases, passa por um processo de crescimento – nasce, cresce, atinge um auge (lua cheia), minga e morre para reaparecer passados três dias – Cristo morrendo e ressuscitando, restaurou uma vida que não passa jamais: a vida eterna). 


 Temos um Deus ressuscitado que, como professamos no símbolo dos apóstolos, “vem julgar os vivos e os mortos”, com uma Palavra de amor e misericórdia, como tanto tem insistido o Papa Francisco neste seu Pontificado: O nosso Deus é um Deus de misericórdia, sempre pronto a ir em busca da ovelha perdida. 

  





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