Então não é que um Volkswagen Carocha foi restaurado pela marca ...de graça?
No dia em que é a despedida do Carocha, em forma de "adeus" e não "até já", deparo-me com esta noticia publicada há uns 7 meses:
Volkswagen Carocha foi restaurado pela marca… de graça
A Volkswagen lançou mãos à obra e decidiu restaurar um Volkswagen Carocha com 52 anos e 563 mil quilómetros. E tudo sem cobrar um cêntimo à proprietária.
Kathleen Brooks é uma americana que tem o seu Volkswagen Carocha há… 52 anos. Comprado novo por Kathleen em 1966 quando esta tinha 21 anos, o pequeno Volkswagen, carinhosamente apelidado “Annie”, tem sido um fiel companheiro ao longo de toda a sua vida.
Juntos percorreram mais de 563 mil quilómetros, com o pequeno Carocha a levar Kathleen a todo o lado, transportando-a para o seu trabalho e em várias viagens. No entanto, a passagem dos anos não foi meiga com o Volkswagen, fazendo com que Kathleen há uns tempos para cá tenha passado a usá-lo menos.
Entretanto, Kathleen decidiu contar a sua história à Volkswagen, escrevendo uma carta à marca. O que Kathleen não estava à espera era que a Volkswagen decidisse juntar uma equipa de cerca de 60 pessoas na fábrica de Puebla, no México (onde os últimos Carocha refrigerados a ar foram produzidos) para lhe restaurar o carro… de graça!
E sim é verdade o Beetle conhece o fim da linha. A última das 5.961 unidades da série Last Edition vai sair da fábrica directamente para o museu da Volkswagen. É a despedida, em forma de “adeus” e não “até já”.
A mesma fábrica no México onde, em 2003, a Volkswagen deu por terminada a produção da primeira geração do Carocha vai ser palco, hoje, de nova despedida. Nesta quarta-feira, sairá da linha de Puebla, directamente para o museu da Volkswagen, em Wolfsburg, o derradeiro exemplar do Beetle, o icónico modelo alemão que conquistou meio mundo e outras tantas designações (Fusca, Carocha, Escarabajo, Huevito, Maggiolino, Bug, entre outras).
Em produção desde 1938 e com mais de 21,5 milhões de unidades fabricadas ao longo destes 81 anos, o Carocha conheceu três gerações, mas nenhuma com o impacto que teve a primeira, que se manteve até 2003 e cuja procura justificou o facto de ser produzida em 19 cidades espalhadas por esse mundo fora.
Antes que o Carocha “clássico” desaparecesse, a Volkswagen tratou de garantir a sua continuidade com o New Beetle. A segunda geração foi fabricada entre 1997 e 2011, ano em que foi introduzida a terceira e actual geração, simplesmente denominada Beetle. Porém, o declínio acentuado nas vendas fadou-lhe um triste destino, há muito conhecido: não haverá quarta geração. Pelo menos, não nestes moldes, com motor de combustão – e daí o interesse museológico no último exemplar da série especial Beetle Last Edition, limitada a 5.961 unidades.
Segundo o próprio patrão da Volkswagen, Herbert Diess, o regresso do Carocha só fará sentido tirando partido da plataforma modular MEB, projectada especificamente para eléctricos. Isso permitiria, inclusivamente, dotar o Beetle de novo com tracção traseira – uma das características mais marcantes do modelo lançado há 81 anos. Contudo, mesmo admitindo-se que o Carocha ressurgirá com quatro portas e eléctrico, o que oficialmente é público é que, no plano emocional, a prioridade da marca vai para a nova era da Pão de Forma. Enquanto o sucessor do Type 2 tem vida garantida – a produção do ID. Buzz está programada para o próximo ano -, o sucessor do Type 1 está condenado de morte. E, mesmo que ressuscite, tudo indica que não entrará nos planos da marca antes de 2025.
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