Sabiam que a festa nacional francesa nem sempre foi celebrada a 14 de Julho?



A festa nacional francesa como se conhece hoje, com desfile militar majestoso e fogos de artifício, nem sempre foi celebrada no dia 14 de Julho. Geralmente associada à Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789, marco da vitória do povo contra a monarquia, a comemoração teve datas diferentes, conforme o período histórico.
Ao longo da história, os franceses já celebraram o amor pela pátria em Setembro, no período de 1793 a 1803, no dia 15 de Agosto (1806-1813) e em 30 de Junho (1878). 
Foi só em 1880 que o calendário atual foi adotado, sendo associado à Queda da Bastilha e à Festa da Federação, promovida pelo rei Luís XVI para festejar a união nacional um ano mais tarde, em 14 de Julho de 1790. Na época, um grande encontro reuniu militares e representantes da administração no Campo de Marte, em Paris.
Local
O desfile militar também mudou de endereço ao longo da história. De 1880 a 1924, à exceção do intervalo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ele foi realizado no Hipódromo de Longchamps, na zona oeste de Paris. Depois de 1924, a parada militar mudou três vezes de local.
Foi o ex-presidente socialista François Mitterrand (1916-1996) que instalou definitivamente a festa na avenida Champs Elysées, próxima de símbolos republicanos como o Palácio do Eliseu, a residência oficial do presidente, a Assembleia Nacional, a praça da Concórdia e o Arco do Triunfo, que celebra vitórias francesas em guerras e homenageia os soldados mortos pela pátria.
Cadência
As quase duas horas de evento são milimetricamente ensaiadas. Uma das curiosidades é que os regimentos desfilam pela avenida em cadências diferentes. A maior parte dos soldados marcha 120 passos por minuto. O grupo mais lento é o da Legião de Honra, que, para acompanhar o hino "Le Boudin", faz 88 passos por minuto, contra o regimento dos caçadores, que percorre o trajeto a 130 passos por minuto a fim de acompanhar o ritmo da música "Sidi Brahim". Em compensação, todos marcham primeiro com a perna esquerda.
Fogos de artifício
Os fogos de artifício na Torre Eiffel são uma herança do antigo regime. Eles passaram a fazer parte do cerimonial depois que o rei Luís XIII experimentou a novidade em sua festa de casamento. A queima de fogos é um dos raros símbolos da monarquia que os republicanos conservaram sem que ninguém saiba por quê.

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