Continuando na pastelaria, olhamos para "o pastel de nata"


Sabiam que é o mais português (e internacional) dos bolos. ...

O famoso pastel de Belém, como era denominado na sua origem, nasceu em 1837, para os monges do Mosteiro dos Jerónimos conseguirem sobreviver.


Os pastéis atraíam muitos turistas. Depois da Revolução Liberal de 1820 e da extinção das ordens religiosas, em 1834, o mosteiro fechou as portas e o pasteleiro vendeu a receita a um empresário português que viera do Brasil, Domingos Rafael Alves. Hoje, passadas quatro gerações, esta permanece na família dos seus descendentes, os Clarinha. 

No início, os pasteis de Belém começaram por vender-se numa refinaria de açúcar próxima do Mosteiro dos Jerónimos. Em 1837, foram inauguradas novas instalações num anexo transformado em pastelaria, a antiga confeitaria de Belém.

Tanto a receita original como o nome "Pastéis de Belém" foram patenteados.

Muito se fala da receita original que passou de chefe-pasteleiro em chefe-pasteleiro, sob juramento de não a partilharem com ninguém.

Na actual fábrica dos Pasteis de Belém, há uma sala que se chama a oficina do "segredo". Diz-se que está ali guardada a receita secreta - mas Miguel Clarinha um dos descendentes que lá trabalha, garante que a receita física é produto apenas de imaginação colectivo. Naquela sala os mestres trabalham à porta fechada e a receita vive apenas dentro da sua cabeça, garante. Contudo, os pasteleiros têm que assinar um termo de responsabilidade que os compromete a não divulgarem a formula. 

Só seis pessoas conhecem o segredo: os três mestres em actividade, mais dois já reformados e o gerente da casa.





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