Sabem o que é a Rota Bordaliana?
Volvido mais do que um século é
criada uma rota na cidade das Caldas da Rainha, como homenagem a Bordalo
Pinheiro.
Mais de 20 peças de cerâmica,
algumas de tamanho gigante, espalhadas pela cidade constituem a Rota Bordaliana.
É um novo
atractivo turístico das Caldas da Rainha. As peças de Bordalo não são gigantes,
mas são agigantadas. Medem dois metros de altura e representam figuras
populares como o Zé Povinho, a Maria da Paciência, a Ama das Caldas, a Saloia,
o Polícia, o Padre, com que mordazmente Rafael Bordalo Pinheiro caricaturizava
a sociedade do seu tempo.
A estes juntam-se ainda as figuras da sua produção
naturalista como os sardões, os caracóis, as rãs, as vespas, as andorinhas, os
macacos e, como não podia deixar de ser, os famosos gatos que, nas ruas das
Caldas aparecem em versão “gato a caçar” e “gato assanhado”.
As peças,
todas em cerâmica, foram executadas na própria Fábrica de Faianças Rafael
Bordalo Pinheiro, respeitando moldes, cores, medidas e técnicas herdadas do
século XIX.
Foi em 1884
que Bordalo fundou a fábrica nas Caldas. Após a sua morte, o seu filho, Manuel
Gustavo (que também tem algumas das suas criações expostas na rota bordaliana)
prosseguiu a obra do pai, mas foi a intervenção de um grupo de empresários
caldenses, em conjunto com os próprios operários, que, em 1920, salvou a
fábrica da falência.
Em 2008
ocorreria uma nova situação de pré-falência, passando então a fábrica
para o universo da Visabeira.
A
identificação das Caldas da Rainha com o legado de Bordalo Pinheiro é
enorme.
A ideia
desta rota surgiu, curiosamente, de uma aluna do 12º ano, Jéssica Gonçalves, da
Escola Técnica Empresarial do Oeste. Na sua PAP (Prova de Aptidão
Profissional), a finalista do curso de Turismo, sugeriu há três anos a criação
deste percurso. Mas aquilo que era apenas um trabalho académico acabou por ser
tornado realidade.
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